segunda-feira, 27 de junho de 2011

AMOR: o grande dilema humano




O amor sempre foi um tema central dos dilemas humanos, os poetas tentam descrevê-lo desde o começo da História. Mas o que seria o amor? Há muito tempo há Psicologia trouxe à tona as três necessidades básicas do ser humano, são elas: ser amado, ser aceito e ser compreendido. No entanto, como é possível identificar se somos amados, aceitos e compreendidos senão pela forma como estes são expressos? A expressão daquilo que é sentido é demonstrada por meio de comportamentos, sejam eles verbais ou não-verbais.

Partindo deste pressuposto entendemos o amor como um comportamento e não um sentimento e se todo comportamento é aprendido, então amamos de acordo com o referencial que nos foi ensinado pelo outro e este outro só pode nos ensinar o que um dia aprendeu. Neste sentido, como os indivíduos têm ensinado o amor e qual a influencia do contexto social e cultural em que vivemos na forma de amar e de entender o amor? Todas as atividades humanas são permeadas pelas três necessidades básicas, conforme citado anteriormente, assim a tentativa de suprir tais necessidades estarão sempre presentes na humanidade, o que irá modificar é a forma como essa busca será feita e quais os instrumentos utilizados, tendo como base o ideal cultural vigente.

Vivemos em uma sociedade capitalista, onde o “ter” se sobrepõe ao “ser”, o desejo em possuir bens de consumo, conquistar realização pessoal e profissional, nada mais é do que uma tentativa do Homem em capturar o olhar do outro para si, e acima de tudo, ser amado, aceito e compreendido. No entanto, devido ao ideal do capitalismo o Homem tem aprendido que para ser amado precisa ter comportamentos adequados a imposição cultural. Sendo assim, qual a forma que o amor tem sido aprendido socialmente? É preciso ter muito para ser amado?Em tempos de constantes avanços tecnológicos e fortalecimento do capitalismo, como o amor será aprendido pelas novas gerações? Não pretendo esgotar as indagações sobre este tema, nem tão pouco apresentar respostas para as mesmas, mas sim provocá-los a reflexão sobre estas questões e a sua responsabilidade na aprendizagem do amor nesta geração. 

Vanessa Wiegratz

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