quinta-feira, 30 de junho de 2011

Psicologia e sustentabilidade



Estamos vivendo um momento delicado em nosso planeta, depois de se aproximar do caos o Homem se vê diante da necessidade de mudar o seu comportamento e sua relação com o meio-ambiente com o intuito de viabilizar sua permanência na Terra. Uma nova postura precisa ser adotada frente à exploração acelerada e continuada dos recursos naturais, uma vez que estamos vislumbrando o seu esgotamento.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Geração de filhos sem pai



Quem nunca ouviu a frase “menina brinca de boneca e menino brinca carrinho”? Se algum leitor ainda não a tenha escutado, posso supor que este viva em alguma sociedade alternativa, bem diferente da que eu faço parte. Observando a forma como as crianças são criadas por seus pais e responsáveis é possível entender as razões de vivermos em um mundo machista, que gera indivíduos que lotam os consultórios de psicologia em busca de alivio para traumas emocionais, carências afetivas, cujas queixas centrais, não raramente, concentra-se no vazio gerado pela falta da figura paterna na vida dos filhos. Não teria medo de afirmar que estamos vivenciando a “geração de filhos sem pai”, um século de “filhos órfãos de pais vivos”.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

AMOR: o grande dilema humano




O amor sempre foi um tema central dos dilemas humanos, os poetas tentam descrevê-lo desde o começo da História. Mas o que seria o amor? Há muito tempo há Psicologia trouxe à tona as três necessidades básicas do ser humano, são elas: ser amado, ser aceito e ser compreendido. No entanto, como é possível identificar se somos amados, aceitos e compreendidos senão pela forma como estes são expressos? A expressão daquilo que é sentido é demonstrada por meio de comportamentos, sejam eles verbais ou não-verbais.

SOLITUDE: o silêncio que nos faz escutar

Em minhas experiências clínicas muitas vezes deparo com pessoas que ao pensarem sobre os inúmeros afazeres que tomam conta de seu dia-a-dia dizem sentir falta do “nada”, um momento onde são tomadas por um sentimento de nostalgia significativa do tempo em que apreciavam as oportunidades de ficarem a sós consigo mesmas, experenciando suas emoções, entrando em contato com suas dores, alegrias, dilemas e vazios, vivendo exatamente o “nada”, mas este “nada” não se trata de algo sem conteúdo ou sem expressão vivencial, mas um momento em que o barulho do mundo lá fora torna-se inaudível em decorrência da grande necessidade de mergulhar profundamente em si mesmo.

Viver junto sem o outro




Estamos vivendo uma época de grandes transformações sociais, onde as modalidades de relacionamentos estão se transformando e ganhando novas nuances bem peculiares a este século. Estamos na era da informação e do florescer tecnológico, a globalização dissipou as fronteiras entre os homens não existindo nada mais que esteja distante, uma vez que tudo o que o indivíduo deseja encontra-se a um clique do mouse. É difícil encontrarmos pessoas que não estejam emersas em pelo menos uma rede social virtual. A nomenclatura para os indivíduos conectados pela rede modificou transformando os conhecidos em “amigos”, sendo assim, é comum vermos pessoas com centenas destes “amigos” sem que nunca tenham trocado pelo menos um olhar. O que percebemos é a existência de uma gama de momentos compartilhados em conversas superficiais, relações rasas, e um número pequeno de trocas significativas de experiências existenciais.

Pensamento e autoconhecimento




O grande filósofo René Descartes nos coloca frente ao principio fundamental de toda certeza racionalista presente na máxima “Penso logo existo”; ou ainda do Latim Dubito, ergo cogito, ergo sum: "Eu duvido, logo penso, logo existo". Nos dia de hoje tal cogito tem perdido sua proeminência, embora sua veracidade seja incontestável a meu ver, em virtude da precariedade do pensamento do Homem moderno. Ao dizer isso Descartes estava certo de sua dúvida, nos remetendo a uma questão existencial: penso, logo tenho consciência de mim mesmo, ou penso, logo sei, ou penso, logo tenho consciência, ou penso, logo sei algo certo. Na atualidade o que tem caracterizado a existência do indivíduo é a sua visibilidade e não a construção subjetiva de suas significações simbólicas por meio do ato de pensar, desta forma, uma frase que traduziria o modo de vivência das pessoas, segundo a escritora e filosofa Márcia Tiburi é “Sou visto logo existo”, uma vez que o individuo não quer mais pensar para existir e sim ser visto, ser reconhecido, para que sua existência seja comprovada.

Onde estão os nossos segredos


O que separa o íntimo, aquilo que nos é privado daquilo que é público e passível de ser compartilhado com o outro? Quem temos convidado para participar de nossas experiências e compartilhar nossos desejos? Temos visto cada vez mais a intimidade do ser humano ser exposta no palco da vida, por meio dos meios de comunicação, sobretudo, a internet, não existe mais lugar para o espaço privado no século XXI, não dá forma como conhecíamos anteriormente, o lugar onde nos deslocamos do cenário coletivo e nos recolhemos ao porão de nossa alma, nos reservando ao nosso lugar secreto, afinal nem tudo o que desejamos, pensamos e fazemos precisa ser verbalizado, mostrado e escancarado diante do outro, como acontece por meio da internet, da TV e dos demais veículos de comunicação. Nossa subjetividade encontra-se desprotegida, sem muros, permitimos que diversos indivíduos transitassem pelas ruas, avenidas e becos da nossa mente e de nossa alma sem pedir licença e o que mais me causa espanto é que isso acontece, na maioria das vezes, com a permissão daquele que é invadido. A intimidade não é mais íntima.

Onde está o papai do neném?





Você já parou para pensar onde está o papai do neném quando a menina brinca de casinha e finge ser a mamãe? Será que ele está no carrinho dando uma voltinha por aí, ou foi trabalhar como nos diz a assustadora cantiga infantil “dorme neném que a cuca vai pegar, mamãe foi para roça e papai foi trabalhar” que embala o sono das crianças? Quanto a essa “inocente” musiquinha tenho minhas dúvidas se a criança dorme devido ao sono ou para fugir do horror que a tal cuca lhe causa. Mas voltando ao questionamento inicial, alguém saberia responder a razão pela qual desde a infância os bebes não tem pais?

Demanda de amor



Em tempos de crises nas relações, como a que nossa sociedade vivencia, nada melhor do que parar para refletir sobre um tema que há séculos vem ocupando a mente desde grandes pensadores a pessoas comuns, ávidas por desvendar os mistérios desta palavrinha carregada de um significado maior e por muitos ainda incompreendida. Estamos nos referindo ao AMOR, um sistema complexo e dinâmico que envolve cognições, emoções e comportamentos. Não pretendo aqui estabelecer definições para este, nem tão pouco discursar retoricamente sobre o mesmo, pretendo apenas provocar a reflexão sobre como este termo nos move no mundo e como somos dependentes dele para nos movimentar e nos identificarmos enquanto pessoas.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Auto-estima: metáfora ou causa




Usualmente ouvimos expressões como “fulano, não tem auto-estima ou ciclano está agindo de determinada maneira pois tem baixa auto-estima”, mas o que é auto-estima? Ao pensarmos sobre este termo temos dificuldade em atribuir-lhe significado, uma vez que de forma isolada ele não descreve nada. Muitas pessoas compreendem a auto-estima de forma mentalista, ou seja, como uma entidade interna responsável por seus sentimentos e comportamentos. No entanto, trata-se de uma definição dada a uma classe de comportamentos distintos.

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