sexta-feira, 1 de julho de 2011

Depressão é doença e não capricho

 




Quem nunca ouviu falar de depressão ou mesmo já usou a seguinte frase: “estou tão deprimido hoje”? No entanto, depressão é muito diferente de se estar triste, desanimado, cansado ou de “baixo astral”, e não se cura com um tapinha nas costas e frases motivacionais do tipo: “você não precisa ficar assim, todos nós te amamos”, “coloque uma roupa bem bonita, passe um batonzinho vamos dar uma volta, você vai ver como irá se sentir melhor”, e outras tantas besteiras que são ditas impensadamente por pessoas que desejam “ajudar” o indivíduo deprimido.

A depressão é uma doença que acomete grande parte da população mundial, embora muitos pacientes passem a vida sem serem diagnosticados. Trata-se de uma patologia da vontade, uma vez que o individuo depressivo não manifesta mais vontade/desejo de fazer nada do que anteriormente lhe causava prazer, sente-se desvalorizado, desmotivado, passa a ter muitos sentimentos e pensamentos negativos sobre sí que não refletem exatamente a sua condição, todas as atividades passam a ser desinteressante, a vida passa a ter um constante tom de cinza, tornando-se exaustiva e sem graça.

As pessoas depressivas não conseguem sair deste quadro por conta própria necessitando de amparo da família, amigos e de tratamento especializado, por meio de acompanhamento psicológico, com a finalidade de tratar a causa do desenvolvimento de tal quadro, e psiquiátrico, a fim de oferecer ao paciente suporte medicamentoso que irá atuar diretamente nos sintomas da depressão. Essa parceria entre psicólogo e psiquiatra é fundamental para o sucesso do tratamento.

O quadro clínico da depressão é composto por uma gama de sintomas que variam de acordo com o tipo de depressão que se desenvolveu no paciente, apresentando variações quanto ao número, gravidade e duração dos sintomas, sendo os três tipos mais comuns: depressão maior, distimia e distúrbio bipolar.

O folheto do Programa de Educação Sanitária da Sociedade Brasileira de Psiquiatria clínica faz a seguinte advertência para aqueles que convivem com pessoas acometidas por tal distúrbio: não acuse o deprimido de se fingir de doente ou de ser preguiçoso, nem espere que ele melhore de uma hora para a outra. Com o tempo e tratamento adequado, a maioria das pessoas com depressão melhora. Tenha isto em mente e procure reafirmar à pessoa deprimida que, com o tempo e ajuda, ela se sentirá melhor.

Que fique bem claro:

DEPRESSÃO É DOENÇA E NÃO UM CAPRICHO!

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