sexta-feira, 22 de julho de 2011

A busca de sentido à vida que a morte pode oferecer.



Assim como o sexo a morte sempre foi considerada um assunto tabu. 

Então, vamos falar sobre a morte o que acha? Em minhas pesquisas sobre a morte li um artigo que trata sobre a Educação para a morte, da autora Maria Julia Kovács, e quero compartilhar com vocês alguns pontos que considero bastante interessantes:

A morte faz parte do desenvolvimento humano desde a mais tenra idade e acompanha o ser humano no seu ciclo vital, deixando suas marcas. Como preparar pessoas para esse fato tão presente na existência?
Esse desafio é ainda mais urgente para os profissionais de saúde e educação. Perguntas têm assoberbado a humanidade, e respostas foram trazidas pelas religiões, ciências, artes, filosofias, entretanto, nenhuma delas é completa e universal. É sobre esses questionamentos e reflexões, sobre a busca de sentido à vida que a morte pode oferecer, sobre essa característica ou qualidade humana de questionamentos, de autoconhecimento, que pretendemos falar. A educação é entendida como desenvolvimento pessoal, aperfeiçoamento e cultivo do ser, que também pressupõe uma preparação para a morte, envolvendo comunicação, relacionamentos, perdas, situações-limite, como, por exemplo: fases do desenvolvimento, perda de pessoas significativas, doenças, acidentes, até o confronto com a própria morte.

Projeto Falando de Morte
O Projeto Falando de Morte foi planejado contemplando-se quatro vídeos educativos como instrumentos facilitadores da comunicação em relação ao tema da morte. Como não eram conhecidos vídeos brasileiros que abordassem o tema da morte, resolvemos iniciar o projeto de sua construção sem a proposição de receitas. Ao contrário, pretendeu-se criar um espaço para facilitação da comunicação entre crianças, adolescentes, adultos e idosos, famílias e profissionais de saúde e educação diante de um tema tão complexo. Esses vídeos têm um caráter preventivo, já que abordam uma questão tão pouco falada, proporcionando, através de cenas, contato com experiências que já podem ter sido vividas e, às vezes, não elaboradas, possibilitando razão para sintomas quer no campo afetivo, quer no cognitivo, e que podem não estar sendo compreendidos. Têm também um caráter educativo, já que propõem informação e orientação para pessoas nas diversas fases do desenvolvimento. Oferecem também subsídios para profissionais, fundamentando seu trabalho com pacientes que estão vivendo experiências de morte.
Diversas obras já abordaram esse tema, incluindo traduções e obras de autores nacionais. Existem também livros para crianças, adolescentes e adultos que trazem o tema da morte com diversos enfoques. Com os livros, vídeos podem ser formas de comunicação importantes para as pessoas em várias fases do desenvolvimento, já que assistir à TV e ir ao cinema são atividades muito apreciadas. Os sistemas de comunicação, que usam os canais visual e auditivo, abordam, além da esfera cognitiva, a emocional, incluindo conteúdos informativos e de sensibilização pessoal.
O projeto Falando de Morte compõe-se de quatro vídeos:
Falando de morte: a criança (1997); Falando de morte: o adolescente" (1a versão em 1999, 2a versão - 2003); Falando de morte com o idoso (2002); Falando de morte com profissionais de saúde (2004).

Tem como objetivos principais:
• A construção de vídeos com roteiros de texto e imagens que facilitem a sensibilização e a comunicação sobre o tema da morte;
• Investigar se os vídeos construídos são, de fato, instrumentos facilitadores para a discussão do tema da morte no domicílio, escolas, hospitais e demais instituições de saúde e educação.

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